O que é o Graal?
Espontaneamente, ele nos leva a pensar na corte do Rei Artur, rodeado por seus cavaleiros; evoca também, e com a mesma intensidade, a presença das mulheres que desempenharam um papel essencial no destino desses mesmos cavaleiros.
E hoje, no século XXI? Será o Graal apenas uma lembrança romanesca de uma época passada, ou terá um significado profundo e ainda atual?
Para compreender o Graal, é preciso levar também em consideração os laços que ele manteve com o Celtismo, com o Cristianismo, com o Islã e com outras correntes menos conhecidas, embora igualmente influentes, que contribuíram para lhe conferir o seu caráter de mito universal e atemporal.
O Graal é certamente o símbolo do progresso individual e da busca pela perfeição que a alma nos impele a empreender. Porém, é o símbolo de aspiração coletiva de todos os seres humanos a uma existência mais elevada. Os ideais de liberdade, de igualdade e de fraternidade nele se encontram em estado arquetípico. A senda - o caminho a ser percorrido - não é um processo reservado exclusivamente ao indivíduo; ele é o próprio destino da humanidade.