No decurso de sua longa história, a civilização egípcia construiu templos portadores de uma simbologia que revela o elo unindo o homem à sua natureza e ao divino. Christian Larré inicia seu livro relatando as origens dessa civilização excepcional, assim como o nascimento de sua religião e de seus mitos: como, de fato, compreender o templo egípcio se não o associarmos às cosmogonias que floresceram nesta Terra?
Em seguida o autor debruça-se sobre o próprio simbolismo do templo e sua evolução ao longo das épocas, em íntima relação com a evolução da consciência humana. O templo, este recinto fechado, revelando o desejo do homem de se unir ao espírito de sua natureza, ao "Sopro da Vida" que anima a Criação, mais tarde vai se tornar um espaço manifestando a presença do divino e o seu poder. No entanto, como esta transformação se processou e como ela se manifestou no templo?
Por que os templos egípcios eram construídos exatamente em um determinado local e não em outro? Como era escolhido o momento de sua construção? Existiam regras arquitetônicas e decorativas específicas? Quais rituais eram realizados no templo? Ao longo das páginas, Christian Lerré nos acompanha na leitura dos templos egípcios, fazendo-nos revisitá-los com um olhar interior e dando-nos uma perspectiva não apenas histórica, mas igualmente impregnada de espiritualidade em seu simbolismo.
O AUTOR: Apaixonado pela história do Egito Antigo desde muito jovem, Christian Lerré familiarizou-se com a decifração dos hieróglifos, aprimorando, durante suas inúmeras viagens aos sites arqueológicos, seu conhecimento da civilização egípcia antiga.
Seu estudo da obra de C.G Jung permitiu-lhe estabelecer uma original e interessante aproximação entre a evolução da consciência humana e a evolução dos conceitos arquitetônicos dos templos do Antigo Egito.